quinta-feira, 7 de maio de 2015

 O Alcoolismo e a Aviação
 
 
                                    Uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac) constatou que quase 25% dos pilotos da aviação regular brasileira apresentam hábitos de risco no consumo de bebidas alcoólicas. Elaborado com metodologia científica, com a participação direta de 1.235 pilotos, o estudo teve como base o uso do AUDIT (The Alcohol Use Disorders Identification Test – teste de identificação de desordem no uso de álcool), método criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) composto por um questionário simples que visa a identificar os graus de uso de bebidas alcoólicas entre as pessoas.
                                
                                Este estudo foi apresentado na  IV Jornada Latino-Americana de Fatores Humanos e Segurança Operacional. O evento promovido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) reuniu diversos profissionais que atuam diretamente na Aviação sendo especialistas em fatores humanos e segurança operacional, psicólogos e médicos da aviação e outros interessados. Representantes de Países como a Argentina, Brasil, Canadá, Catar, Dinamarca, Guatemala, México e Portugal trocaram experiências e discutiram com pesquisadores renomados na área da aviação civil afim de elevar o nível de segurança aérea. 
                                   
                                Contando com a participação do amigo, psicólogo e pesquisador na linha de abuso de substâncias psicoativas, THIAGO ITIDA, e representando o Instituto Sapiens Vita, empresa que atua diretamente com a promoção da segurança aérea, através da elaboração de Políticas que visam atender a resolução 120 da ANAC com a finalidade de se ajustar às recomendações exigidas internacionalmente.  Um estudo mais amplo ainda batizado de “Fadiga Crônica, Condições de Trabalho e Saúde em Pilotos Brasileiros”, revela que 75% dos profissionais da área consomem bebidas alcoólicas, sendo 23,5% taxados na categoria “uso de risco” e 1% enquadrados na de “uso nocivo”. Segundo o levantamento, 56% dos pilotos consomem álcool de duas a quatro vezes por mês, taxa considerada de baixo risco; enquanto 18,8%, entre duas e três vezes por semana, acima da ideal. Entre os questionados, 1,84% relataram a ingestão de bebidas em mais de quatro dias semanais.
 
                             Para isto a ANAC estabeleceu a RBAC 120, que determina obrigatoriamente a adoção de um Programa de Prevenção ao Risco Associado ao uso indevido de substâncias psicoativas na Aviação Civil com as sequintes finalidades: educar e sensibilizar sobre os riscos que o uso de substâncias psico ativas podem acarretar na Aviação e na Vida, monitorar através de testagem toxicológica os profissionais que exercem atividades de risco operacional e oferecer o devido tratamento especializado.

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