quinta-feira, 23 de abril de 2015



Por volta do século IX, o cigarro surgiu na América do Sul na forma de cachimbos feitos de bambu. O uso do tabaco pelo ser humano começou com fins medicinais e como acessório cerimonial. Cerca do ano 1000 a.C. os indígenas da América Central usavam-no em rituais religiosos e mágicos, como forma de purificar, fortalecer e proteger os guerreiros das tribos. Existia também a crença de que o tabaco dava o poder de adivinhar o futuro.
Com a chegada do tabaco à Europa, os seus modos de consumo começaram a ser reinventados. No século XVI, como os charutos eram consumidos somente pela parte rica da sociedade, os mendigos começaram a picar os restos dos charutos e a enrolar em papel com o objetivo de fumar. Naquela época, o ato de mastigar o tabaco era superior ao de fumar.
Até a década de 70 o cigarro era visto como um acessório elegante e de moda, mas entrou no século XXI como o assassino de milhões de pessoas todos os anos. Apesar de o cigarro ser o causador de mais de 5 milhões de mortes por ano, a nicotina é a droga mais consumida no mundo.
Cérebro
Quando fumado, a nicotina do cigarro atinge o cérebro em 8 segundos. O cigarro tem um potencial comparável ao da cocaína quando se trata de viciar. De 30% a 50% das pessoas que fumam desenvolvem dependência química e 70% a 90% tornam-se viciados. Apenas 6% dos que tentam parar conseguem ficar mais de um mês sem fumar.
Pele
O cigarro diminui o calibre das veias e, consequentemente, diminui a irrigação do sangue, do oxigênio e dos nutrientes para as células. Os fumantes tem um envelhecimento precoce, com rugas até 20 anos antes em comparação aos não fumantes. No caso das mulheres, o cigarro aumenta três vezes o risco de desenvolver psoríase, doença sem cura que causa feridas na pele. Apesar de não causar essa doença nos homens, é possível que se agrave caso a pessoa tenha doença de pele.
Garganta
Além do cigarro causar pigarro na garganta, ele é o principal causador de câncer da garganta. Só no Brasil, o câncer na garganta atinge todos os anos 6600 pessoas, causando 3500 mortes por ano.
Boca
Sintomas como mau hálito e dentes amarelos são os menores dos problemas causados pelo cigarro. Uma pessoa que fuma tem de 4 a 15 vezes mais chances de desenvolver o câncer na boca. Mais de 60% das pessoas que desenvolvem essa doença não tem chances de cura.
Olho
Estudos mostram que fumar aumenta em até 3 vezes o risco de catarata, doença nos olhos que diminui progressivamente a visão e é a principal causa de cegueira no mundo.

Pulmão
Quem fuma tem 20 a 30 vezes mais chances de desenvolver o câncer de pulmão. Esta doença é que mais mata homens no Brasil e a segunda que mais mata as mulheres desde 2002. De 80% a 90% dos casos da doença causam a morte em menos de 50 anos. Além disso, o cigarro pode causar bronquite e enfisema pulmonar devido à diminuição da capacidade respiratória.
Estômago
A úlcera e a gastrite podem ser consequências do cigarro, haja vista que a nicotina aumenta a acidez do estômago. Além disso, o cigarro é um fator de risco para o câncer no estômago, que atinge cerca de 20 mil pessoas no Brasil.
Coração
Fumar aumenta a pressão arterial, diminui a capacidade respiratória e aumenta a coagulação sanguínea. As chances de morrer por doenças cardiovasculares como enfarte ou derrame podem até triplicar. No caso das mulheres que tomam anticoncepcionais orais, o risco de enfartar é maior.
Sistema reprodutor
O fumo causa problemas vasculares que aumentam a chance de impotência nos homens. Entre as mulheres fumantes, ele aumenta as chances de menopausa precoce, infertilidade e problemas com a menstruação.
Ossos
O cigarro é um dos fatores que aceleram a osteoporose – processo de perdas de minerais e enfraquecimento dos ossos –, o que consequentemente o deixa mais fácil para quebrar. Estima-se que uma em cada oito fraturas da cintura são causadas pelo fumo. A osteoporose é mais comum entre as mulheres.

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